O parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) de que o livro "Caçadas de Pedrinho" deve ser proibido nas escolas públicas, ou ao menos estigmatizado com o ferrão do racismo, instala no Brasil um tribunal literário.
O artigo do deputado do PCdoB foi publicado, hoje (08/11), na Folha de São Paulo, e está disponível no site do Partido.
Este debate acerca do veto ou não do livro de Monteiro Lobato já tem alguns dias, e há varios jornais e sites de notícias que falam sobre os novos pareceres no assunto (como o do CNE, o do ministro da Educação...). Vale a pena saber as várias opiniões. Escolhi este porque, além do debate sobre educação, traz o fato de ter sido escrito por um político...
Fato é que Monteiro Lobato é autor indispensável para se conhecer literatura brasileira, portanto, acho que é papel da escola problematizar o caso do racismo neste livro (bem como em qualquer outro), principalmente por causa do seu contexto histórico.
Endereço do artigo no site do Partido:
ResponderExcluirhttp://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=140984&id_secao=11
Concordo com a Iara, Monteiro Lobato é o cara na literarura brasileira, este livro deve ser usado pra problematizar a questão preconceito nas escola.
ResponderExcluirDevendo assim não discuti racismo, homofobia entre muitos outros que estão presentes nas escolas.
Como discutimos na aula de África com a Mortari, acho importante a discussão sobre o período que o livro foi escrito e a problematização a partir disso. Além do mais, não custa nada utilizar outros livros né?
ResponderExcluirAcho importante ressaltar também que nem todos os professores tem a capacitação suficiente para fazê-lo e também que dependendo das séries as quais o livro é destinado não é possível problematizar tal assunto.
ResponderExcluirAssim minha opinião é de que o livro seja adequado aos padrões atuais, dessa forma deveria-se editar o livro retirando ou modificando as partes preconceituosas.
Não acho que edição do livro resolveria o problema. É como se quisessemos apagar o "passado" que temos e isso evidência o quanto o preconceito no Brasil ainda existe.
ResponderExcluirNão iria sentir falta de Monteiro Lobato. Mesmo.
ResponderExcluirPor mais que tenha gente que defenda que é maravilhoso para explicar História do Brasil, eu realmente acho que um bigodudo racista a menos não ia fazer falta.
(Sem falar que ele é muuuuuito americanista, isso é, amava os Estados Unidos e achava que era o exemplo a ser seguido...Sem comentários...).
Monteiro Lobato não pode ser intocável por ser um clássico. Mas acredito eu que seria muito mais interessante problematizar e contextualizar do que simplesmente banir.
ResponderExcluirHaveriam discussões muito mais interessantes a cerca da mentalidade eugênica da época através do uso da obra.
Concordo inteiramente com a Alessandra. Questionamentos são sempre mais produtivos que o simples esquecimento!!!!
ResponderExcluir:D
Concordo com o fato de que a questão seria problematizar e não proibir. Mas ai caimos na questão que a Tássila colocou: é preciso que existam pessoas "capacitadas" a realizar esse tipo de discussão. Acho que estamos no caminho, pois como voces bem falaram, nosso curriculo conta com as disciplinas História da África I e II, quem melhor que nós, futuros professores, poderia levantar essa questão.
ResponderExcluirviajei? haha
Problematizar e contextualizar obras como essa,sem dúvidas, serviria muito para que um senso realmente crítico estivesse mais presente nas salas de aula. A escola ainda peca nesse sentido, e, por vezes, acaba sendo tão reprodutora de um senso comum quanto outros meios de comunicação tão criticados, sendo que o "vidro" que separa o espectador/aluno nesse caso é a própria falta de conhecimento.
ResponderExcluirConcordo com a Milene, "editar" o livro seria tentar apagar uma parte do passado. Acredito que o ideal seria utilizar o livro e problematizar as questões que ele aborda. Porém caso isso não seja possível acho melhor optarem por outro livro para utilizar nas escolas.
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